Os países do BRICS esperam mobilizar US$ 1,3 trilhão para financiar ações para amenizar a crise global do clima em países em desenvolvimento, até 2035. A meta foi fixada na COP29 do Clima, no Azerbaijão, ano passado, e será um tema quente na COP30, este ano, em Belém (PA).
O montante equivale hoje a R$ 7,4 trilhões, ou cerca de 60% do PIB brasileiro, em 2024, de R$ 11,7 trilhões. O BRICS é um grupo de articulação e cooperação em política e outras áreas, com Brasil, Rússia, Índia, China e outros 7 países.
Aprovado na semana passada numa reunião de vice-ministros do grupo internacional, o documento lista de forma inédita ações comuns e coletivas, explica a embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.
Ele envolve, “por exemplo, reformas de bancos multilaterais, um maior financiamento concessional, mobilização também de capital privado e outras questões regulatórias para assegurar que os fluxos possam fluir para os países em desenvolvimento”, disse.
Os meios pensados para alavancar o financiamento incluem a proposta brasileira do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, sigla em Inglês), que pagará aos países por manter e recuperar florestas tropicais.
Na reunião do BRICS também foi acordado discutir a “contabilidade de carbono”, ou seja, aferir quanto do gás é emitido na produção de um determinado item ou setor e como isso impacta exportações, importações e a economia dos países.
Com informações do site do BRICS.
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